sábado, 29 de setembro de 2018

Notas sobre o "Mulheres contra o Bolsonaro"

#EleNão


1 – Fui de Metrô. No caminho, ainda no bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, vi duas moças se dirigindo ao Metrô. “Acho que vão lá para a Cinelândia”, pensei. Elas chegaram antes de mim e foram antes. Mas, no vagão, ainda na linha 2, era possível identificar grupos onde predominavam mulheres. “Essas vão”, pensei. E foram. Estavam lá as mulheres, em grande número, predominavam e tiveram protagonismo. Na Estação da Cinelândia, quando os trens paravam e as pessoas desciam, eram recebidas com o empolgado grito “Ele não!”. Eu me arrepiei e me emocionei. Senti um clima bem parecido com o de 20 de Junho de 2013. Quando a manifestação de dirigiu à Praça XV me retirei.

2 – Além das mulheres, vi homens, casais heterossexuais, muitos dos quais levando filhos, crianças pequenas que regulavam quatro anos de idade. Vi também bebês, e não foram poucos. Havia, ainda, homossexuais (à sós ou casais) e grande quantidade de idosos, na maioria mulheres. Torcidas de clubes do Rio de Janeiro se fizeram representar de maneira organizada e com faixas: Flamengo, Fluminense e Vasco. Vi gente com a camisa do Botafogo também.
Havia muita militância de partidos políticos situados no espectro das forças políticas do Centro (sendo generoso com alguns) à Esquerda: PDT, Rede, PT, PSOL e PSTU. A CUT e alguns sindicatos que não conhecia. Também os anarquistas (não vi em grande número, mas posso estar enganado). Houve distribuição de material de campanha dos candidatos junto com a inscrição #EleNão. Os nomes deles apareciam pequenos, o destaque era para o nome do movimento. Não peguei nenhum por causa disso.

3 – O Carro de Som, até onde vi, era comandado pelas mulheres. O “Ele não” predominava, mas havia, também, discursos e algumas apresentações de textos. Estive longe do carro de som na maior parte do tempo, portanto, não consigo recuperar o que foi dito.

4 – Havia poucos PMs. Não estavam na mesma quantidade das outras manifestações em que estive presente. Havia bastante guardas municipais nos seus trajes habituais, não era aquele grupo “especial” que se veste de besouro como os da PM. Não vi atacarem ninguém, graças a Deus.

5 – Calculo que havia em torno de 50 mil pessoas na manifestação.