sexta-feira, 23 de junho de 2017

Com quem os Servidores Municipais dialogam?

POR ENQUANTO, o bispo Marcelo Crivella* vai dando uma péssima sinalização de suas intenções para os Servidores Municipais.

Como se não bastasse a ausência de notícias sobre o Auxílio Educação, o Auxílio Creche, o 14º salário, a data de pagamento do 13º salário e do reajuste salarial (porque aumento... Só de aborrecimento e preocupação), os Servidores NÃO TEM NENHUM SECRETÁRIO para direcionarem suas demandas. Ao que parece, o que mais tenta fazer isso é o de Educação, o Cesar Benjamin, mas restrito à sua pasta.

Durante a última administração do Cesar Maia*, os Servidores tinham, no Secretário de Administração Índio da Costa*, alguém que apresentava os assuntos que diziam respeito aos seus interesses. Se não me falhe a memória, na primeira administração de Eduardo Paes, a referência deixou de ser a Secretaria de Administração, ocupada pelo Paulo Jobim Filho* que só ofereceu cafés da manhã para alguns servidores, e passou para a Casa Civil, ocupada pelo "simpaticíssimo" Pedro Paulo de Carvalho* (o que espancou a esposa). As notícias sobre reajustes salariais, benefícios e eventuais negociações (como sobre os Planos de Carreira da Educação e o dos Administrativos) se davam através deles.

COM O ATUAL PREFEITO, NÃO TEMOS ESSA REFERÊNCIA, o que pode indicar-nos que o Servidor Público NÃO É UM TEMA DE IMPORTÂNCIA para ele, talvez até menos do que o era para Eduardo Paes que, ao menos, colocou um interlocutor para "dialogar" conosco.

Os ventos vão mudar?

O que faremos? Algum tipo de pressão ou, simplesmente, esperar?

(*) Por quem não tenho a menor simpatia.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Os Servidores da Prefeitura do Rio esperam um Salvador

Às vezes, eu tenho a impressão que a esmagadora maioria dos servidores espera que alguém, uma espécie de "Messias" (que pode ser um servidor, um grupo de servidores, um jornalista ou um político) assuma sua causa e lute, com todo empenho, botando mesmo a cara a tapa por ela, enquanto essa mesma maioria continua levando suas vidas de boa, sem se indispor com ninguém, esperando que os benefícios eventualmente conquistados por esse "Messias" caiam em seu colo.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Marcelo Crivella e os Servidores Municipais

1 - ATÉ AGORA, em seis meses de gestão, o prefeito Marcelo Crivella tem tratado os Servidores da Prefeitura do Rio de Janeiro com bastante indiferença. Acho que esse tempo transcorrido desde que ele assumiu, bem como seu pouco caso com os assuntos relacionados aos Servidores, sinalizam a tônica que pretende adotar frente ao funcionalismo, caso este não se organize e cobre seus direitos. 

2 - O não-pagamento dos Auxílios Educação e Creche, no início do ano, penalizam, de maneira mais dura, os Servidores com salários mais baixos que, até ano passado, contavam com essa receita para as despesas com seus filhos. Some-se à isso o quadro de grave crise de recessão econômica enfrentado pelo país que asfixia, ainda mais, os que ganham menos. 

3 - Acho no mínimo problemático aceitar, passivamente, as informações oficiais da Prefeitura dando conta da falta de recursos. Quem saiu (Eduardo Paes) e quem entrou (Marcelo Crivella) disputam as versões sobre a saúde financeira da cidade (Ficou dinheiro ou não? A Previdência está quebrada ou não?). Crivella, desde a campanha, sinalizou que este seria um ano de "austeridade". Sempre que leio essa palavra, vinda de políticos, eu penso: "Austeridade PARA QUEM?". Muitas vezes, ela recai sobre os Servidores, aqueles que fazem a máquina pública funcionar.

4 - Essa "austeridade" (baseada, também, no sacrifício dos Servidores) pode, muito bem, ser uma estratégia para levantar fundos para, na metade final de sua administração, o prefeito - que tem pretensões políticas - possa abrir sua "torneirinha de bondades" e, ainda, figurar como "bom gestor", que saneou as finanças municipais. 

5 - Se por um lado a divulgação das datas de pagamento sinaliza que receberemos nossos salários, o silêncio em torno do pagamento ou não da primeira parcela do 13º salário e do reajuste salarial (porque aumento já não tem faz tempo, né?) joga a esmagadora maioria dos Servidores num mar de incertezas, uma vez que tem suas margens reduzidas para planejar seus gastos extras (como são muitos e doloridos em tempos de crise, não?). 

6 - Não dá para esperarmos sentados na frente do computador ou com o celular na mão. Quais são as estratégias para enfrentarmos a indiferença daquele que disse que iria "cuidar das pessoas" sem falar de quais?