"Ai, o Crivella não dá o reajuste", "Não adianta a primeira parcela do 13º salário", etc, etc... E as choramingas se sucedem, vindas, em sua maioria, de uma expressiva turma de servidores que, apesar de baixos salários, julga-se, pelo fato de ser funcionário público, a nata da sociedade; De descansados que vivem de perguntar aos que lutam e se mobilizam: "Quando vai sair o 14º salário?", "Essa mudança que tão votando aí, pega pra gente?"; De gente, por fim, que toma o cargo que ocupa no Serviço Público como bico, como biscate.
São um bando de porcarias que se comportam como verdadeiros parasitas!
Reclamam da boca pra fora, ensaiando espetáculos de indignação teatralizados, questionam os que se mobilizam, cobrando-lhes informações ao alcance dos seus braços, mas... Na primeira oportunidade, estão abanando o rabinho para aqueles que tem função gratificada, para políticos e - pasmem! - para o chefe do Executivo municipal. Quantos adoram uma festinha bancada com dinheiro público!
Há muito tempo o respeito pelos servidores foi perdido. E tem muito de culpa deles nisso!
Os que estão em situação de chefia veneram, como à um Deus, suas transitórias funções gratificadas, prontos a venderem a própria mãe para mante-las, se necessário.
Políticos? Os poucos que nos respeitam estão nos pequenos partidos da esquerda política. Os demais - a maioria - tem a certeza de nossa incapacidade de mobilização e luta contra o desmonte do Serviço Público. Cagam nas nossas cabeças mas, de quatro em quatro anos, sabem que podem contar com alguns de nós para receberem votos e funcionarem de cenário no palco onde encenam honestidade e seriedade. Ao final, contam receber suas trinta moedas.
Os que se organizam um pouco mais e melhor para marcar defesa no interesse do Serviço Público são os profissionais da Educação, quase sempre em torno do seu combativo sindicato, o SEPE. O cenário dos demais é de terra arrasada pelo desinteresse e apatia.
Antes, a canalhada política jantava os Servidores pelas beiradas. Hoje, já estão no meio do prato, quase certos de que nada os impedirá.
O cenário é desolador. Caminha para o fim do Serviço Público sendo executado por servidores em um número cada vez maior de atividades, substituídos por terceirizados (que adoecem mais, trabalham mais e ganham salários mais baixos, além de se tornarem moeda de barganha política em troca de apoio). Perdemos muito terreno.
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