Peraí! O cara do Tribunal de Contas do Município dando explicações para o Eduardo Paes? Outra: Almoço do TCM com o Prefeito? Dá para acreditar, mesmo, em insenção desse Tribunal? Como fiscalizar, mantendo relações tão estreitas assim?
Eu costumo ler o Jornal O Dia todos os dias e gosto de acompanhar a coluna do Fernando Molica. Não é que, em 20/03/2012, na edição on line (provavelmente saiu na impressa do dia seguinte), encontro informações sobre esse Conselheiro. Segundo o site "OPutaQuePariu.com" ele seria amigo pessoal de Eduardo Paes e Sérgio Cabral (ver: http://www.oputaquepariu.com/site/blog/2012/03/21/conselheiro-do-tcm-e-amigo-pessoal-do-eduardo-paes-e-sergio-cabral-recebia-dinheiro-de-patrocinio-de-empresa-denunciada-por-fraude-no-fantastico-este-e-o-governo-somando-forcas/ ). Eis, transcrito de O Dia (ver: http://odia.ig.com.br/portal/rio/informe-do-dia-o-conselheiro-e-os-patrocínios-1.422017 ) Como os links do Jornal O Dia com o tempo "quebram", transcrevo a matéria do site. Se pairar alguma dúvida, baixem a última imagem. É o print do artigo, retirado do site. Segue o texto:
"POR Fernando Molica
Rio - Equipes de futebol soçaite ligadas a José Moraes, vice-presidente do Tribunal de Contas do Município (TCM), são patrocinadas por duas das empresas apontadas como corruptoras em reportagem do ‘Fantástico’: a Locanty e a Rufollo. Ambas têm contratos com a Prefeitura do Rio, cujas contas são fiscalizadas pelos integrantes do TCM. Entre 2001 e 2005, Moraes relatou 26 processos da Rufollo no Tribunal.
No ano passado, Moraes participou da assinatura do convênio que permitiu ao Iate-Modus, ligado ao Iate Clube Jardim Guanabara, representar o Flamengo em competições de Futebol de 7 (nova denominação do futebol soçaite). O acordo incluiu o patrocínio da Locanty, que passou a estampar sua marca na camisa do time. O conselheiro do TCM é diretor do Flamengo Iate-Modus e comodoro do Iate Clube. Ontem, a página na Internet do Flamengo Iate-Modus estava fora do ar.
Técnico da Seleção
A Rufollo patrocinou, em 2011, a seleção brasileira que conquistou o vice-campeonato do Mundialito de Futebol de 7 realizado numa arena montada em Copacabana — Moraes foi o técnico da equipe. O presidente da Rufollo, Rufollo Villar, prestigiou o evento e entregou o prêmio ao melhor goleiro do torneio. Em 2007, a empresa foi uma das patrocinadoras da equipe de futsal do Iate Clube Jardim Guanabara. O Informe não conseguiu falar ontem com Moraes que, segundo o TCM, está em viagem de férias.
Moraes e Locanty
Presidente do Tribunal de Contas do Município, Thiers Montebello diz que Moraes deixa de votar em processos que envolvam a Locanty. Ele afirma não recordar se o conselheiro tem tomado a mesma atitude em casos relacionados à Rufollo.
Sem medalha
A deputada Cidinha Campos (PDT) pediu ontem a revogação da Medalha Tiradentes concedida pela Assembleia Legislativa ao presidente da Toesa, David Gomes da Silva. A empresa também está envolvida no escândalo.
Empresa suspeita reformou quadra da Ilha
A prefeitura disse que cancelará os contratos que tem com a Locanty e com a Rufollo. Mas não se manifestou sobre outra empresa citada no ‘Fantástico’, a Trade Building (que entraria em licitações para perder) recebeu R$ 2,7 milhões do município em 2011. Dirigida por Sid Villar, irmão dos donos da Rufollo, a Trade venceu a licitação para ampliar a quadra da Unidos da Ilha. A prefeitura, que bancou a reforma, estimara seu custo em R$ 4,8 milhões; a proposta vencedora foi de R$ 5,3 milhões. Na inauguração, a própria prefeitura divulgou que o investimento chegou a R$ 6,3 milhões.
Passou raspando
A Trade ganhou a licitação por muito pouco. Sua proposta foi apenas R$ 48.762 inferior à da segunda colocada, a Tensor, o que representa uma diferença de 0,9% em relação à concorrente. Pelo regulamento, as empresas poderiam superar o preço estimado em até 10% — a Trade cobrou 9% a mais.
Servente caro
O Iabas, Organização Social que cuida de unidades de saúde na Zona Oeste, também contratou serviços da Rufollo. Segundo o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), o custo de cada servente terceirizado chega a R$ 2.698 — a prefeitura gastava menos, R$ 1.991."
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