Sobre o tão desejado Plano de Cargos e Salários dos Servidores da cidade do Rio de Janeiro
Nas
eleições municipais de 2012, um mantra pode ser ouvido por todos os
candidatos, de todas as cores, de todos os lados. Nada me dá mais medo
do que o som uníssono que emana do interior do mostro político. O que me
faz lembrar uma história, aterrorizante, mas perfeitamente adequada ao
caso. Não lembro onde a ouvi, mas nunca mais esqueci.
É o conto
“A MÃO DO MACACO”, onde uma família recebe de presente uma mão mágica
de uma espécie rara de um macaco, com poderes para realizar 5 pedidos. A
cada pedido, a mão do macaco fechava um dedo.
Pois bem, no
último desejo, a família é abalada por uma morte trágica. O filho mais
novo sofre um terrível acidente na fábrica em que trabalhava e acaba
triturado por engrenagens da fábrica. O choque foi tremendo, a comoção
foi geral.
Ao retornar do velório, a pobre mãe, desolada,
descontrolada, segura a mão do macaco e de maneira descuidada pede que
seu filho volte para casa. A mão do macaco se fecha, e o silêncio se
faz.
Horas depois, o silêncio da vizinhança é interrompido por
gritos pavorosos de dor, era o corpo do filho, completamente mastigado,
cambaleando e gritando: MÃE, MÃE, MÃE EU ESTOU AQUI!
Muito
cuidado com o que devemos pedir principalmente se entregamos em mãos
descuidadas, aquilo que realmente pretendemos. No caso o PCCS.
Os servidores não podem esperar em berço esplêndido a elaboração do
PCCS pelo governo, tampouco, pela oposição, como se fossemos o povo
hebreu aguardando Moisés descer do monte. NÃO.
Vindo do
governo, o PCCS pode se tornar em algo bem amargo, assim como Cabral vem
fazendo com seus servidores, suprimindo direitos históricos e
extinguindo cargos sem o menor pudor. O risco de tal tragédia se abater
sobre os servidores do RIO é grande, uma vez que nosso Alcaide segue
agindo como uma máquina de fotocopia do governo estadual.
Também esperar um PCCS maravilhoso das mãos do herói do momento, é
deixar nossa vida funcional nas mãos de pseudo-heróis que podem flertar
com populismos, hipocrisias e favorecimentos idênticos aos penduricalhos
que tanto rejeitamos.
Sendo assim, para se ter um PCCS
decente, não devemos exigir que façam nada. NÓS DEVEMOS NOS ORGANIZAR
PARA ELABORAR UM PLANO DIGNO E QUE ATENDA AS NOSSAS NECESSIDADES E
CONFORME NOSSAS EXPECTATIVAS! MÃOS A OBRA E UNI-VOS!
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