O Secretário Municipal de Saúde mandou a "letra" em Janeiro de 2015. A nota, pelo que acompanhei no jornal, não foi desmentida. E pelo visto, há rumores que possa concretizar-se, uma vez que "onde há fumaça, há fogo".
Tenho a impressão que a atitude adotada pelo Secretário é semelhante a do marido que descobre que a traição de sua esposa acontece no sofá de casa e, para "solucionar" isso, resolve vendê-lo. Extinguir o serviço que não funciona não me parece a solução adequada, além de sinalizar uma dificuldade de gestão da própria Secretaria Municipal de Saúde, onde Daniel Soranz é o "servidor número 1".
O que está impedindo que a Secretaria Municipal de Saúde solucione os problemas dos serviços que não estão funcionando direito? Não conseguiu, por acaso, identifica-los? Há quanto tempo essas dificuldades se arrastam?
Em que medida as "inovações" agregadas ao serviço - Organizações Sociais, SISREG, escolha de gestores - afeta o desempenho das unidades de saúde?
Questões como eventual redução no quadro de funcionários (por aposentadoria, exoneração e doença) e insumos (dos mais baratos aos mais caros) para o dia a dia não entram nas avaliações da Secretaria?
E o que a população usuária dos Serviços Públicos de Saúde, que tem vínculos de tratamento e afetivo com as eventuais unidades ameaçadas e seus servidores e funcionários, pensa a respeito? Não será consultada? E as experiências e vínculos emocionais dos servidores aí lotados, serão desprezados?
A Prefeitura do Rio de Janeiro notabiliza-se por fazer espetáculo daquilo que considera "suas vitórias", suas grandes realizações, como um pavão exibido que se abre. Porém, ainda à semelhança deste, tem "o pé feio"; tem dificuldades gaves em lidar com seus limites, com seus problemas, com suas dores. Por que não falar, à população, dos problemas que levam ao risco a existência de determinados serviços de saúde? Não fica bem para os objetivos eleitorais de seus gestores com pretensões político-partidárias?
Pretende-se imputar a culpa dos problemas de mau funcionamento dos serviços de saúde apenas aos Servidores? E notem que não isento os Servidores - com os quais quero/venho me ocupando cada vez menos - de suas responsabilidades. Quem vive o cotidiano do Serviço Público, em qualquer esfera, reconhece que estes tem, sim, parcela importante de responsabilidade frente aos problemas que enfrentam. Porém, existem questões Políticas, que são maquiadas de "técnicas", externas ao dia a dia de Hospitais, Postos de Saúde e Clínicas da Família que interferem, de maneira negativa, no funcionamento das unidades de saúde, estrangulando-lhes as possibilidades.
Que a População usuária dos Serviços Públicos de Saúde fique atenta; Que os Servidores não deixem de vigiar; Que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro - MPRJ, como fiscal da Lei, também observe as movimentações da Prefeitura do Rio de Janeiro.
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