De uns tempos para cá, lemos e ouvimos muito sobre a limitação da internet fixa de banda larga. Pelo que pesquisei ano passado, algumas operadoras já não oferecem mais essa alternativa a seus novos clientes (GVT, NET, por exemplo). Há dois dias, Gilberto Kassab, Ministro da Ciência, Tecnologia e Informação do Governo (?) Michel Temer (ex-Ministro de Dilma Rousseff, não se esqueça!), voltou ao assunto, sinalizando prazo para o fim da internet fixa de banda larga ilimitada (2º semestre desse ano). Hoje divulgou-se que voltou atrás.
Reparem: a discussão vai e volta. Seus patrocinadores (os políticos que atuam na defesa do interesse privado) periodicamente trazem, à cena, a discussão. Ela suscita eventuais resistências para, logo em seguida, ser retirada de pauta.
Com a Reforma da Previdência foi a mesma coisa. O assunto ia e voltava. Recordo-me de ter lido, no jornal O Dia, anos atrás (anos de governo petista, apoiado pelo periódico) não poucas vezes, sua defesa veemente utilizando-se dos mesmíssimos argumentos utilizados pelo Governo (?) de Michel Temer. De tanto se fazer presente, mas não se fazer constante, como pauta permanente, ao que me parece, engambelou alguns conhecidos meus e está aí, em vias de concretizar-se.
Esses canalhas que fazem da Política sua carreira profissional, em determinados assuntos, testam a população. Soltam suas intenções cretinas periodicamente para "sentir o terreno". Se há repercussão negativa, se o povo esperneia, retraem-se, dizem que desistiram da ideia, que não é para agora, para já, mas que isso tem que ser pensado para o futuro, etc. Tempos depois, o assunto reaparece, engolindo - como a Reforma da Previdência - alguns distraídos ou pouco informados. Vão tentando conquistar adesões como quem come um prato de sopa quente. Pelas beiradas. Até que... E a gente já sente, no cangote, a Reforma da Previdência, para tristeza nossa e alegria do grande Capital.
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