Com o título “Os pescadores aéreos da Lagoa”, Fernando
Molica, do Jornal O Dia, na página 8 da edição de 11 de Agosto de 2012 começa
afirmando que a Lagoa Rodrigo de Freitas estaria menos poluída e mais viva. Baseia-se,
para semelhante afirmativa, na presença de “técnicos voadores”, os tesourões.
Assinalou que, já há alguns dias exemplares desta espécie passam o dia
sobrevoando o espelho d’água para “pescarem” suas refeições.
Pois bem! Estive, hoje (no mesmo dia da matéria) dando
uma volta no Jardim Botânico. Resolvi dar uma esticada na Lagoa Rodrigo de
Freitas, para comer um cachorro quente e apreciar o visual. No Parque dos
Patins, enquanto andava, reparei a enorme quantidade de pássaros fazendo
exatamente o que o Fernando Molica descreveu. Num determinando momento, senti
cheiro de podre. Olhei para o meio da Lagoa, mas não vi nada. Fiquei intrigado,
olhando a enorme quantidade de pássaros ali e tentando entender a massiva
presença deles. Quando estou voltando, caminhando pelas margens da Lagoa, onde
tem aquele heliporto, olhei para baixo, para o espelho d’água e, na margem,
notei boa quantidade de peixes mortos. A cabeça deu o “clik”. Os pássaros
sobrevoavam a Lagoa porque, provavelmente, a água está pouco oxigenada e
quente, o bastante para fazer com que os peixes, para respirarem, tenham que
subir à superfície, tornando-se presas fáceis dos pássaros que querem mais é se
alimentar...
Penso, dessa forma, que neste caso, a presença de
pássaros não é indicador de limpeza da Lagoa Rodrigo de Freitas. Mas entendo a
visão otimista do articulista, uma vez que escreve para um jornal que exagera
na generosidade às “jestões” de Eduardo Paes, na Prefeitura do Rio de Janeiro,
e de Sérgio Cabral, no Governo do Estado, ambos do PMDB, partido que há longos
anos vem poluindo o cenário político do Estado do Rio de Janeiro.
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