quarta-feira, 12 de agosto de 2009

RJ anuncia volta às aulas, sob "fiscalização" de pais e professores

http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/08/12/e120820271.asp


"Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 12, os secretários estaduais Sérgio Côrtes (Saúde) e Tereza Porto (Educação) anunciaram o retorno às aulas da rede pública para a próxima segunda-feira, dia 17 de agosto. Porém, as crianças que apresentarem qualquer sintoma da gripe não poderão voltar aos colégios. A "fiscalização" será feita em casa, pelos pais, e no colégio, pelos professores, que terão de barrar as crianças que chegarem às escolas com sintomas de gripe - o que não foi feito ontem antes da entrada na coletiva, onde algumas das cerca de 30 pessoas espirraram. Apesar de recomendar higiene e janelas abertas nas escolas, a coletiva aconteceu na sede Secretaria de Educação, Centro, num ambiente com ar condicionado e sem janelas. A secretaria não ofereceu máscaras ou mesmo álcool gel para os presentes."


Primeiro, a demora em liberar o medicamento Tamiflu para quem precisava, sob a alegação de um "protocolo" estúpido. Quantas vidas custou isso? Quem vai apurar? Depois liberam o medicamento, após várias mortes. Já superamos o México, dos primeiros a ter vítimas da nova gripe. Inventaram um "tele-médico". Se a pessoa tem certos sintomas, deve ligar para saber da gravidade de sua situação, se é caso de recorrer ao hospital ou não. Imagine se todas as pessoas tem o discernimento e a lucidez do profissional da saúde. Doença viral reage nos indivíduos de maneiras diferentes. Escutei relatos de pessoas que NÃO foram ao médico porque, dos sintomas apresentados como da gripe suína, ela não tinha apenas UM! Mas que vontade "doentia" de terceirizar tudo que encontra pela frente. Onde já se viu, uma pessoa passando mal, se consultar com o médico pelo telefone. Médico tem que olhar para a pessoa, examinar, apalpar. A sanha enlouquecida de terceirizações que acomete Temporão, Côrtes e Cia pode estar debilitando muita gente, aumentando os riscos de letalidade. Lugar de doente é no hospital. Onde já se viu, estimular as pessoas, em propagandas de TV a não procurarem o médico? Não deveria me surpreender com isso. Se os hospitais recebem muita procura, suas mazelas estruturais ficam à mostra. Que digo! Já estão, aos olhos de quem quer que se dê ao trabalho de uma avaliação honesta. A precarização da saúde pública não é de hoje, bem como da educação. Estive na emergência do Hospital do Andaraí na quinta-feira passada e foi um absurdo a quantidade de pessoas para serem atendidas, bem como o tempo de espera. Arriscaria dizer que haviam pessoas esperando mais de 2 horas. Para alguém passando mal, é uma eternidade.


Agora, me vem estes papagaios de pirata do Sérgio Cabral e colocam a responsabilidade de "fiscalizar" os alunos doentes nas mãos de pais e professores! Quando eu pensava que depois do "tele-médico" não viria nada pior, eis que surge esta aberração. Serventes das escolas, policiais militares, cuidado! Vocês podem ser os próximos "fiscais" da gripe!


É trágico. Não tem nada de cômico. São vidas humanas em risco, que esses politicóides malbaratam!

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